Artigo: Trabalho de pesquisa, alunos do campus IV UFPB Rio Tinto-PB, na Paraíba, litoral norte do estado, Marcação, Baia da Traição, Rio Tinto.
Os alunos do curso de Antropologia da Universidade Federal da Paraíba, campus Rio Tinto, realizaram pesquisa nas terras potiguaras precisamente na aldeia Três Rios em Marcação. A pesquisa objetivou analisar a realidade sócio-cultural desses grupos étnicos, em especial, as influências dos povos indígenas nas manifestações culturais do povo potiguar.
Durante os últimos anos, tem crescido o número de alunos do curso de antropologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) interessados em realizar pesquisa de campo nas terras potiguaras.
Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, além da coleta e análise de dados empíricos. Os resultados apontam para a existência de uma diversidade étnico-cultural significativa no estado da Paraíba. Os indígenas e africanos deixaram sua marca na cultura potiguar através de traços linguísticos, religiosos, alimentares e regionais.
Apesar da forte influência dos povos indígenas e africanos, a cultura potiguara é única, pois é resultado da mescla de diferentes culturas. Os potiguares têm sua própria forma de falar, de se vestir, de comer e de pensar. Sua cultura é rica e diversificada, embora ainda pouco conhecida.
A pesquisa realizada pelos alunos da UFPB campus Rio Tinto foi de fundamental importância para o conhecimento da diversidade étnico-cultural do estado da Paraíba. Os dados coletados podem servir de subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para esses grupos étnicos. Além disso, esse trabalho de pesquisa pode ser uma boa pesquisa acadêmica para os alunos do curso de Antropologia.
A pesquisa dos jovens antropólogos se concentrou nas principais atividades econômicas da região: a pesca e a agricultura. Segundo os estudantes, a pesquisa teve como objetivo identificar as mudanças culturais ocorridas na região nos últimos anos.
“A pesquisa contribuiu para a construção de uma análise sobre a dinâmica das transformações culturais na região. Identificamos mudanças significativas na forma de se pensar e viver a vida, relacionadas à pesca e à agricultura”, afirmou Edimilson Soares e Alexandre.
De acordo com os estudantes, o maior desafio da pesquisa foi o contato com os pescadores e as comunidades pesquisadas. “As comunidades com as quais trabalhamos são bastante fechadas. Foi necessário estabelecer uma relação de confiança para poder obter as informações que estávamos buscando”, explicou Edmilson Soares e Alexandre.
Os estudantes ressaltam a importância da pesquisa de campo na formação do antropólogo. “A pesquisa de campo é fundamental para a formação do antropólogo. É nela que o estudante tem contato direto com a realidade dos povos que está estudando”, Edmilson Soares. Os resultados da pesquisa foram apresentados em um seminário realizado na UFPB campus IV Rio Tinto-PB.
Alunos: Alleson Henriques, Edimilson Soares, Alexandre Costa.
(Galeria de fotos - Pesquisa de Campo 07.06.2018)
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