Por Luciano Almeid, engenheiro agrônomo, especialista em gestão empresarial e supervisor de marketing para cana-de-açúcar e florestas da UPL Brasi
O Brasil concentra a maior produção de cana-de-açúcar do mundo, alcançando anualmente mais de 752 milhões de toneladas, estimadas em cerca de R$ 54 bilhões, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para melhorar ainda mais essa produtividade, é preciso investir em tecnologias que ajudem a combater dois dos insetos que mais preocupam os produtores: o Sphenophorus e a cigarrinha das raízes.
O Sphenophorus levis, que preocupa os paulistas há 50 anos, tem sido altamente prejudicial para a cultura: há registros de perdas com Sphenophorus, que pode causar até 70% de perdas em toneladas de cana por hectare (TCH). Isso acontece porque a praga, ao se alimentar da planta, cria galerias e danifica os colmos da cana, causando problemas na brotação de soqueiras e, ainda mais grave, a morte da planta. Como se não bastasse, o inseto tem alta incidência durante o ano inteiro.
Outra praga comum e importante causadora de prejuízos aos canaviais é a cigarrinha da raiz (Mahanarva fimbriolata). Com tons avermelhados, é o grupo de insetos que mais causa danos à plantação, produzindo feridas no tecido da raiz ao se alimentar quando ninfa e destruindo folhas e colmos com sua toxina quanto adultos. Tudo isso pode chegar até a morte da cultura da cana e sem controle, há registros de até 80% de redução em TCH e redução de até 30% em açúcar total recuperável (ATR). Seria como reduzir a produção nacional de 752 milhões de toneladas para 150,4 milhões: um prejuízo de R$ 43,2 bilhões.
Felizmente, a agricultura brasileira conta com alta tecnologia de defensivos para conter esse problema. Entre eles estão ingredientes ativos como imidacloprido (presente em Cigaral e Imidagold, fabricados pela UPL), que proporciona maior residual por ser menos solúvel, além de promover o vigor e gerar efeito antiestresse nas plantas. Produtos com aplicação de jato com bico tipo leque dirigido ao sulco de plantio, sobre os colmos, cobrindo-os logo após o tratamento, tendem a ser mais eficientes.
Outra tecnologia de alta performance para o combate de insetos em canaviais é a combinação de acetamiprido com bifentrina, combinação de Sperto, da UPL. Esta mistura causa o melhor efeito de choque da classe, paralisando de forma imediata os danos causados pelas pragas. Testada e comprovada cientificamente, com reconhecimento do mercado, essa solução oferece ainda amplo espectro de controle e efeito residual prolongado, garantindo o sucesso do combate aos insetos.
O desenvolvimento da tecnologia agrícola tem sido importante aliado dos produtores rurais no combate a pragas que causam alta redução na produtividade, na qualidade dos cultivos e, principalmente, na rentabilidade das lavouras e no fornecimento de alimento e energia à sociedade. Investir em soluções eficazes, como as destacadas, é um grande passo para garantir o sucesso sustentável da cana, historicamente uma das mais importantes culturas do país.
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