Baia da Traição: Índios mantêm cultura e costumes vivos

Baia da Traição: Índios mantêm cultura e costumes vivos

"Dinheiro faz a gente ficar mal. Dinheiro é só um pedaço de papel. Não é a coisa mais importante" diz cacique


Você já imaginou se os portugueses nunca tivessem chegado ao Brasil? E se os povos indígenas ainda fossem maioria no nosso país? Na cidade de Baía da Traição, que fica a 90 quilômetros de João Pessoa, no Litoral Norte da Paraíba, é possível experimentar um pouco desse cenário hipotético.
Mais de 90% da área da cidade é situada em reservas indígenas, que se dividem em 32 aldeias, mas todas pertencentes ao povo Potiguara que, por sinal, detém a maior reserva do Brasil com descendentes dos índios dessa tribo. Município pacato, como uma boa cidade pequena, Baía da Traição carrega uma história pesada, de lutas, guerras e mortes. Se hoje os moradores respiram paz e tranquilidade, seus ancestrais precisaram enfrentar diversos conflitos para manter seus costumes e, principalmente, suas terras.
Potiguaras de guerra
A palavra ‘Potiguara’ quer dizer ‘comedor de camarão’, em referência à alimentação dessa tribo que vivia basicamente da pesca do crustáceo no litoral paraibano. Porém, as mesmas lanças que eram usadas na pescas de outros peixes, foram usadas para lutar contra portugueses que pretendiam colonizar a costa paraibana.
Se engana quem pensa que os lusos foram os primeiros a pisar nas terras da Paraíba. Franceses de ascendência escandinava chegaram ao Brasil por volta de 1515 e promoveram uma relação de ‘protocooperação’ com os indígenas. Tinham acesso aos recursos naturais dos potiguaras, em troca de vantagens reais, como ferramentas de plantio e cavalos, diferentemente do escambo promovido pelos portugueses na Bahia.
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