Aparelho quase igual ao pâncreas chega ao país

Aparelho quase igual ao pâncreas chega ao país

Do tamanho de um celular, novo dispositivo poderá ser usado por quem sofre de diabetes

O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, de acordo com dados recentes do Ministério da Saúde. Isso significa que 8,9% da população sofre da doença – eram  5,5%  em 2006. Ao todo, estima-se que há mais de 14 milhões de homens e mulheres vivendo com diabetes e que, a cada ano, surjam 60 mil novos casos no país.
Para esses pacientes, assegurar que os níveis de glicose no sangue estejam sempre adequados é grande um desafio. A hipoglicemia (queda drástica de taxas de açúcar no sangue), por exemplo, pode levar à perda de consciência, convulsões e, em casos mais graves, ao óbito. A boa notícia é que agora eles poderão contar com uma novidade: bomba de infusão de insulina (equipamento computadorizado e portátil) capaz de, pela primeira vez, suspender o hormônio antes do episódio de hipoglicemia– evitando, assim, até 75% destes casos.
“Qualquer paciente com diabetes tipo 1 pode vivenciar, a cada ano, de 30 a 50 episódios de hipoglicemia. Antes de chegar nesta situação, o sistema desliga e evita que ele corra este risco. É inovador”, aponta Denise Franco, endocrinologista e diretora coordenadora do departamento de educação da Associação Diabetes Brasil (ADJ).
Do tamanho de um celular, o aparelho não só é primeiro do país a, automaticamente, suspender a infusão do hormônio secretado pelo pâncreas ao prever uma crise, como também é capaz de rapidamente reiniciar a administração da insulina quando a taxa de glicose voltar a atingir um nível seguro. “Sem dúvida é um passo à frente no caminho para chegarmos ao pâncreas artificial”, observa Freddy Eliaschewitz, endocrinologista.
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